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Em meio à pandemia, telerradiologia é aliada na luta contra o câncer de mama

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Visitas híbridas ao hospital e consultório diminuem os riscos de contágio de imunodepressivos

Como aumentar os diagnósticos precoces de câncer de mama em meio à pandemia? E como preservar pacientes de risco que precisam manter o distanciamento social? O Outubro Rosa chega com um desafio ainda maior em 2020. Além de conscientizar sobre os cuidados com a doença, é preciso alertar que a Covid-19 não deve impedir a luta contra uma das principais causas de morte de mulheres no Brasil e no mundo. De acordo com projeções do Instituto Nacional do Câncer, serão mais de 66 mil casos por ano entre 2020 e 2022.

A regulamentação da telemedicina em abril, após a chegada do novo coronavírus, apresentou uma série de alternativas para tratamentos médicos no Brasil — e com grandes benefícios para pacientes oncológicos. Essa ferramenta permite o acompanhamento híbrido de casos suspeitos e pessoas em tratamento. “Isso significa que, após a realização presencial de exames de rotina, não há necessidade de retorno ao hospital ou consultório.

Quem é imunodepressivo  consegue manter a quarentena e diminuir riscos de contaminação por Covid-19 — e outras doenças — com uso dos serviços médicos remotos”, explica Jihan Zoghbi

Jihan é CEO da startup de telemedicina Dr. TIS, que também oferece um serviço essencial para combate e controle do câncer de mama: a telerradiologia, que foi regulamentada em 2018. A plataforma tem 80 clientes diretos e 700 indiretos utilizando o serviço. Em dois anos, já são mais de um milhão de laudos emitidos pelos clientes através da plataforma Dr. TIS.

Apenas entre mamografias, a média é de quase 300 laudos por mês feitos à distância entre março e setembro de 2020. “A pandemia trouxe à luz um serviço que já está disponível há anos. Por isso, nosso faturamento triplicou desde janeiro, e 60% do valor vem desse serviço”, conta Jihan — que também é presidente da Associação Brasileira CIO Saúde (ABCIS). 

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O serviço de telerradiologia no combate ao câncer de mama

Após a realização do exame presencial, nem médico nem paciente precisam voltar à instituição de saúde para avaliação. A imagem é armazenada em um sistema on cloud — na nuvem — e, na mesma plataforma, o médico consegue avaliar o exame, fazer medidas e escrever o laudo. Do outro lado da conexão, o paciente pode acessar tanto a imagem quanto o laudo para acompanhar o diagnóstico e a evolução do tratamento.

Ainda é uma tecnologia pouco utilizada no país. Menos de dez empresas atuam nesse segmento no Brasil, segundo Jihan. Entre aqueles que já oferecem o serviço, a Dr. TIS é uma das únicas que tem uma plataforma desenvolvida pela própria empresa — e não depende de softwares disponíveis gratuitamente na internet.

“Nós garantimos a segurança de privacidade dos dados trocados entre médicos e pacientes, além de um espaço de armazenamento que permite um acompanhamento do histórico de exames por anos”, comemora a especialista, que é PhD em matemática e possui mais de 25 anos de experiência em gestão de softwares de gestão. A Dr. TIS também possui certificação da SBIS (NGS1 e NGS2), garantindo a adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que deve entrar em vigor nos próximos dias.

O Instituto de Responsabilidade Social do Sírio Libanês é um dos principais clientes de telerradiologia da Dr. TIS e atende apenas pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). “Oferecemos serviços que democratizam o acesso à saúde não só porque encurtam distâncias através da tecnologia, mas também porque podem ser acessados por qualquer pessoa em qualquer local via desktop ou mobile. É gratificante!”, conclui a fundadora da healthtech.

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