Inovação, assim como a fé, é um processo dinâmico; ela não permanece estática. Pode crescer ou diminuir, mas exige intenção, dedicação e, principalmente, ação. Na área da saúde, a inovação é muitas vezes vista como um conceito distinto da transformação. No entanto, acredito que são, essencialmente, duas faces de uma mesma moeda: ambas representam mudanças de status.
Quando pensamos na realidade da saúde digital nas cidades brasileiras, muitas vezes ainda estamos longe de um “padrão ouro” que diferencie claramente inovação e transformação. Essas barreiras semânticas, frequentemente complicadas, acabam distanciando as pessoas do verdadeiro sentido de transformação digital na saúde. Precisamos de uma comunicação direta e acessível sobre o que significa saúde digital para que todos compreendam e participem desse movimento.
A questão da distribuição desigual de renda no Brasil reflete-se também na digitalização dos hospitais. Há poucos hospitais digitalizados e muitos que ainda não o são. Isso cria um sistema de exclusão onde apenas alguns avançam enquanto muitos permanecem à margem. É nossa responsabilidade, como líderes e gestores, quebrar essa barreira e democratizar o acesso à inovação, inspirando aqueles que ainda têm poucas transformações a perseverarem e acreditarem que o avanço é possível.
Inovação não deve ser apenas digital. Existe um valor humano imensurável nesse processo. A tecnologia, por si só, não define a qualidade de um hospital. O cuidado, a atenção ao paciente e o acolhimento são pilares essenciais que nem sempre são visíveis nos indicadores digitais. Precisamos reconhecer e valorizar esses aspectos, garantindo que a inovação na saúde respeite e valorize as pessoas.
Se nossa busca for apenas por modernidade e status digital, corremos o risco de perder o verdadeiro valor que move a saúde: a humanidade. É hora de unir a inovação e a transformação a um propósito maior, onde todos possam ser incluídos e reconhecidos pelo impacto que geram, independentemente da tecnologia que possuem.
A falta de acesso e de recursos tecnológicos adequados amplifica ainda mais a desigualdade no setor de saúde no Brasil. Enquanto alguns hospitais conseguem avançar com tecnologias de ponta, como sistemas digitais de alto nível e certificações de excelência, outros ainda enfrentam barreiras para alcançar uma estrutura digital mínima. Esse desequilíbrio cria um sistema de exclusão onde apenas uma parcela dos hospitais e dos pacientes acessa os benefícios da transformação digital, enquanto muitos ainda permanecem à margem, sem os mesmos recursos e oportunidades. Essa realidade reforça a importância de democratizar o acesso à inovação, tornando a transformação digital acessível para todos.
Apesar dos desafios, uma onda de empreendedores brasileiros está liderando uma verdadeira revolução na saúde digital. Com investimentos focados em pessoas, recursos e tecnologia, essas empresas nacionais estão transformando o atendimento ao paciente e aprimorando a estrutura dos hospitais. Eles estão mostrando que inovação na saúde não é apenas sobre tecnologia, mas também sobre empatia e acessibilidade, promovendo um sistema mais inclusivo e humano para todos. Entre eles, um dos ícones mais respeitados é Paulo Magnus , CEO e fundador da MV Com determinação e foco inabaláveis ao longo de sua trajetória de 30 anos, ele conseguiu elevar o setor hospitalar no Brasil, tirando muitos hospitais do papel e certificando-os em um nível de excelência, como o HIMSS nível 7. Sua contribuição é um exemplo de como a liderança visionária pode transformar a saúde e merece nosso mais profundo respeito e admiração.
Artigo originalmente publicado no LinkedIn – Jihan Zoghbi