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Telemedicina

Como funciona a receita médica digital na telemedicina?

Como funciona a receita médica digital na telemedicina?

Entenda porque a receita médica digital é um passo fundamental para o acesso e para a democratização da saúde.

Ao longo das últimas décadas, quase todos os processos ficaram mais digitais. Do ato de conferir o extrato na conta bancária até o pedido de refeições, estamos cada vez mais habituados a resolver problemas com aplicativos e sites, sem sair de casa. Na área da saúde, no entanto, esse movimento chega de maneira mais lenta. Um exemplo são as dispensas de receitas médicas, que continuam, em muitos casos, seguindo os mesmos moldes usados há mais de 100 anos.

Mas esse jogo está mudando graças às healthtechs, que estão capitaneando o movimento de digitalizar e facilitar processos na saúde, principalmente após a chegada da pandemia. Assim, ações que exigiam papéis, carimbos e assinaturas, como receitas médicas, pedidos de exames e atestados, dão lugar à tecnologia e à inovação. Entenda a seguir como essa mudança pode trazer ganhos para todos os envolvidos no processo.

Receita médica digital: mais um importante passo para a digitalização da saúde

Para a experiência da digitalização da saúde ser mais eficiente e completa, é imprescindível que a jornada do paciente esteja toda conectada. E, claro, as receitas médicas também precisam acompanhar essa inovação.

Cesar Giannotti, sócio da Nexodata, empresa que é parceira da Dr. TIS para a emissão de receitas digitais, explica que a pandemia deixou essa necessidade ainda mais aparente: “As pessoas faziam consultas via telemedicina, mas não conseguiam receber a sua receita. As empresas acabavam contratando serviços de entregas para retirar a receita com o médico e levar até o paciente. Isso gerava um custo de 30 ou 40 reais, apenas para o paciente ter acesso ao documento. Não fazia sentido algum”.

Foi então que as receitas digitais, junto com a telemedicina como um todo, ganharam mais espaço e adeptos. Para Giannotti, os motivos para essa aceleração são inúmeros: segurança, praticidade, economia e, até mesmo, questões ambientais, como evitar impressões e transportes desnecessários.

Todos esses motivos, somados à pandemia, aceleraram a digitalização das receitas médicas, dando um passo à frente na melhoria da saúde como um todo, que se tornou mais simples, acessível e prática com esse avanço.

Confira abaixo as principais vantagens desse serviço.

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Não há a necessidade de deslocamento

Evitar o deslocamento de pacientes para buscar receitas médicas é um dos grandes trunfos da receita médica digital. O mesmo vale para pedidos de exames ou atestados. Afinal, ainda que o paciente seja atendido remotamente, sem a possibilidade da receita digital há igual necessidade de deslocamento para buscar os documentos.

Apesar do deslocamento desnecessário ser um empecilho para todos, esse inconveniente torna-se ainda mais complicado em casos como:

  • Pessoas que moram nos grandes centros e precisam enfrentar trânsito, busca por transporte ou vaga para estacionar, etc.
  • Pessoas que moram em locais distantes ou são atendidas por profissionais de outras regiões.
  • Doentes crônicos que fazem uso contínuo de medicamentos e necessitam de receitas médicas com frequência.
  • Pessoas com dificuldades de locomoção, idosos, crianças ou demais casos que dependem de terceiros para buscar o(s) documento(s).
  • Quando os locais que emitem as receitas são também ponto de atendimento de condições transmissíveis, como gripes ou mesmo covid-19, que acabam aumentando a chance de infecção de mais pessoas.
  • Trabalhadores ou estudantes que precisam solicitar dispensas para buscarem suas receitas e/ou pedidos, gerando custos e prejuízos.

Evitar esse deslocamento, portanto, surge como uma comodidade e economia para o paciente, aumentando o valor percebido na sua experiência.

Histórico do paciente e interações medicamentosas

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Foto de Anna Shvets no Pexels

Quanto mais digitalizada a jornada de saúde do paciente estiver, mais fácil fica para armazenar, organizar e processar os dados que envolvem o seu histórico. Afinal, receitas e pedidos de exames digitalizados, ao constarem no histórico do paciente, podem ser informações fundamentais para aqueles que são atendidos por equipes multidisciplinares e/ou possuem comorbidades. Também são dados úteis para se interpretar tratamentos já executados e, com isso, auxiliarem na decisão de novas abordagens.

As interações medicamentosas também precisam ser ponderadas e pode ser insuficiente contar apenas com o relato dos usuários, que muitas vezes se confundem ou esquecem de mencionar os tratamentos que estão fazendo ou já fizeram. Além disso, ao criar a prescrição, os médicos têm acesso a uma base de medicamentos robusta e podem assinar suas prescrições com qualquer certificado digital. O paciente, por sua vez, já recebe a receita imediatamente no seu celular.

Assim sendo, um processo digitalizado torna a jornada do usuário muito mais eficiente e segura. Ter acesso a essas informações também facilita o processo para o profissional que está atendendo, evita pedidos desnecessários de exames e aumenta as chances do tratamento sugerido ser mais eficiente.

Autenticidade e facilidade de verificação dos documentos

Diferentemente do método antigo, que envolve um carimbo e uma assinatura, os documentos digitais são fáceis de serem averiguados, tornando todo o processo mais seguro e idôneo. As receitas são assinadas digitalmente, utilizando certificados nos padrões do ICP-Brasil (A1 ou A3).

E graças a esses certificados, é possível comprovar a autenticidade do documento digital, impedindo fraudes ou erros. Além de assegurar que a documentação é verdadeira, também são evitados erros de legibilidade e compreensão das orientações passadas pelo médico, impedindo confusões e ambiguidades, tão comuns nas versões escritas à mão.

Dispensas facilitadas nas farmácias

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Foto de Firmbee no Pixabay

Principalmente no caso dos medicamentos controlados, as receitas digitais tornam o processo de aquisição de fármacos mais seguro e simples. A receita digital pode ser integrada a milhares de farmácias e e-commerces por todo o Brasil, permitindo que o usuário compre seus medicamentos online. Evitam-se, mais uma vez, deslocamentos, custos extras ou riscos de circular sem necessidade no mesmo ambiente em que há outras pessoas doentes.

E mesmo para os atendimentos in loco, as receitas digitais podem ser facilmente incluídas, fazendo com que a tarefa de retirar ou comprar medicamentos seja menos demorada e mais agradável. Uma vantagem e tanto, principalmente para quem faz uso de diversos medicamentos e precisa de visitas frequentes às farmácias.

Economias e questões ambientais

Além das facilidades já citadas, as receitas médicas eletrônicas ainda são, para todos os envolvidos, uma excelente maneira de se fazer economia. Para o usuário, fica a facilidade de não precisar se locomover e ter gastos com transporte ou estacionamento na hora de buscar sua receita, bem como ter fácil acesso ao documento, sem precisar guardá-lo fisicamente. Para os profissionais e instituições, há a economia de recursos, pois evita impressões desnecessárias, uso de papéis e ainda facilita o trabalho de toda a equipe.

Para as empresas, fica evidente a economia gerada ao evitar que colaboradores se ausentem para retirar receitas médicas, principalmente no caso de doentes crônicos ou que sejam responsáveis pela saúde de terceiros. Simplificar esse processo ainda colabora para que os tratamentos não sejam abandonados ou feitos incorretamente, proporcionando um melhor acesso à saúde de modo geral.

Essas economias, como a redução de custos com transportes, impressões e materiais de escritório, ainda possuem uma consequência valiosa: são soluções amigáveis com o planeta. Ações como essas auxiliam na redução do uso de recursos naturais, trazendo benefícios para todos.

Conclusão

Apesar das vantagens inegáveis de se adotar a receita médica digital, é preciso ressaltar que essa não pode ser uma decisão deslocada do restante da jornada de saúde.

Para uma adesão concreta e produtiva dos profissionais, é importante que a tecnologia escolhida conte com uma interface intuitiva e simples de ser integrada às práticas diárias de atendimento.

A questão jurídica também não pode ser deixada de lado, exigindo que os gestores das instituições de saúde contratem plataformas que estejam alinhadas ao que é exigido por lei, de maneira segura e conectada ao restante dos serviços oferecidos, como a telemedicina.

Mais do que transformar papéis e carimbos em arquivos digitais, esse processo deve ser visto como uma maneira de reduzir custos, evitar desperdícios e ainda melhorar a experiência dos usuários e profissionais. Quanto mais integrada e simplificada for a promoção da saúde e do bem-estar, maiores as chances dessas inovações serem cada vez mais comuns e acessíveis a todos.

Logo, é fundamental que as ferramentas escolhidas para digitalizar consultas, exames, receitas e atestados tenham o foco em encurtar distâncias, tornar os tratamentos mais descomplicados, além de contribuir para uma rotina de trabalho mais agradável e eficiente.

Assim como outros processos, as receitas em sua versão digital podem trazer segurança, conforto, agilidade e economia tanto para os usuários, quanto para os profissionais de saúde. De maneira simples, pode-se optar por uma mudança capaz de entregar enormes melhorias para todos. Um grande passo, não é mesmo?

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